segunda-feira, fevereiro 24, 2014

Como conseguir trabalho

Quando em dificuldade de arrumar pedidos para trabalhos, o problema pode ser a falta de uma rede de contato que garantiria que seu nome fosse indicado para os clientes.
A maioria de meus contatos com novos clientes vieram e ainda vêm de indicações feitas por colegas. Uma vez que comece a atender determinado cliente, ele mesmo vira o seu promotor indicando-lhe para outro.

Minha primeira publicação em revista grande foi na Ediouro, porque um colega meu estava trabalhando lá como ilustrador e precisaram de outra pessoa para fazer um personagem e algumas vinhetas para colunas. Foi um longo período criando imagens para colunistas e desenhando o personagem símbolo da Internet.br, o Mouse.

Vários livros vieram quando uma editora, a primeira que trabalhei em literatura, indicou meu nome para outros editores.
É uma forma comum agir em qualquer meio. Quando preciso de um dentista, por exemplo, é na indicação. Pois o aval de um colega de confiança vale muito.

Montar rede de contato, com grupos, encontros, parcerias com colegas que também buscam se promover, poderá ser a ajuda que precisa.

Outro motivo da dificuldade em conseguir os trabalhos pode ser um mal direcionamento de seu talento. Pesquise quais editores, produtores, agências, trabalham com seu estilo. Vejo autores com estilo mais cartum buscando editores que valorizam pinturas mais soltas e vice-versa. Dificilmente irá rola uma parceria aí. 

Existe também a critério oportunidade. De tempos em tempos acontecerá de alguém estar precisando exatamente de seu tipo de produção. E nessa hora será muito conveniente se ele tiver um cartão seu, com seu contato e um link para algum portfolio online, para que ele possa rapidamente lhe encontrar. 

Estar presente nos eventos, mostrando a todos que está por aí, na ativa, ajuda um bocado. Mesmo a presença em algum grupo de discussão ou timeline de Facebook já é um ponto a mais.

Então, as dicas são: 

- formar rede de contatos, para ser indicado;
- apresentar seu material aos editores e clientes que harmonizam com seu estilo;
- mostrar que está disponível para o trabalho.


Boas criações!

domingo, fevereiro 16, 2014

quinta-feira, fevereiro 13, 2014

Tudo o que você ganha são direitos autorais





A HQ  "Diário das Feiticeiras" 
é publicada em capítulos no meu blog Grimoire.

Acompanhe as postagens desta e outras HQs 

pela fanpage do facebook.


Tudo que você recebe pelo uso de sua arte (que pode ser a escrita, a desenhada, a fotografada, a composta, a interpretada, e por aí vai) é a sua remuneração de direito autoral. Como esta será feita é o que o contratante e contratado irão combinar e colocar em letra de contrato.

Assim, vocês (autor e editor) são livres para negociar como desejarem. Pode ser um valor fixo pago integralmente no acordo e cobrindo determinado uso e prazo; pode ser percentuais sobre as vendas; pode ser uma mistura dos dois; pode ser com troca de favores; pode ser o que quiser, desde que acordado de forma justa, livre de pressão e coerente com o que se pretende com as artes.

Sobre a "prestação de serviços", ilustradores não atuam como autores: eles são autores. Sempre.

Sobre o risco: ele não tem a ver com o tipo de arte que o autor desenvolve. Ele tem a ver com a possibilidade de se assumir ou não o risco. Quando um ilustrador vai ilustrar, em geral, ele irá parar de 30 a 60 dias, às vezes mais, às vezes menos, para fazer isso. Se ele não receber um valor independente das vendas, ele simplesmente não irá ilustrar, já que precisa fechar as contas do mês enquanto fica à mercê desta produção.

O mesmo valerá para o escritor contratado para fechar um determinado livro, já encomendado pelo editor, em que ele precisará ficar em tempo integral trabalhando no mesmo.

É preciso entender que prática de mercado não é o mesmo que regra. É apenas uma forma de negociar, que se populariza em determinado ambiente comercial, seguindo o que é mais prático e desejado pelas partes. Claro, que se uma parte tem mais poder de barganha que outra, ela irá formar essa prática de acordo com seus interesses, o que pode não ser o melhor para o outro.

Lembrando: o valor que você negocia e a forma de pagamento são livres, e são todas referentes à remuneração pelo direito de editar, publicar e vender – que são os direitos autorais patrimoniais.

Bons livros para todos!





sábado, fevereiro 01, 2014

A Casa da Madrinha

Aquarela, capa para a capa da "A Casa da Madrinha" – ed. Nova Fronteira, escritora: Lygia Bojunga.